Fico perdido na tua imensidão...
Tento abraçar-te...
És sempre tão enorme para os meus braços...
É tudo tão grandioso, que me perco!
Vejo a tua rebentação, a tua doce revolta com a vida.
Tudo aquilo que envolves e absorves,
tanta razão sem emoção,
e eu, não te consigo abraçar!
O vai e vem, o balançar constante de momentos e histórias,
umas vividas e outras por viver,
e mesmo assim, não te consigo abraçar...
Transportas a força e a luz de passados,
tens o brilho algo ofuscado,
e eu abro os braços, e não te consigo abraçar...
Fazes desenhos nas rochas,
tens chama acendes tochas,
e eu sem me queimar, não te consigo abraçar...
Agitas o mundo em movimentos,
enches a minha vida de sentimentos,
e, ainda assim, pleno de convicção, não te consigo abraçar...
Molhas e secas a minha vida,
transformas a minha escrita em poesia nunca lida,
e a tua imensidão, não me deixa abraçar-te...
Sinto o coração a disparar quando te vejo,
fico perplexo com o sabor e o calor do teu beijo,
e eu presente, não te consigo abraçar!
Por mais que te deixe chegar,
por mais vontade que tenha de te amar,
mesmo assim, continuo sem te puder abraçar!
Mas, se algum dia, a máquina voltar a funcionar,
quando tudo estiver no seu lugar,
eu aqui vou estar, para finalmente te conseguir abraçar!
Sem comentários:
Enviar um comentário