Por vezes dou por mim a realizar mentalmente sonhos impossíveis.
Apenas tenho oportunidade ( ou concedo essa possibilidade a mim próprio ), de sentir e pensar em coisas efémeras e impossíveis.
Acho que tem sido assim toda a minha vida.
Não tenho uma vida de sonho, apenas tenho aquela vida que escolhi, e aprendi a viver…
Não me acomodo… por isso ainda continuo sozinho.
Acredito, que tudo o que tenho guardado, será apenas o suficiente, para iluminar a vida de alguém.
Não procuro, mas vou encontrando…vou encontrando razões e pessoas que dão razão á minha forma de pensar e sentir.
Há muito pouco tempo, encontrei alguém, que sem nada o fazer, mudou completamente a minha cabeça, e de alguma forma, a minha vida.
Faz-me pensar, sentir que a vida é para ser vivida, pelos momentos, e por tudo aquilo que podemos fazer de bem a quem temos por perto.
E, é aqui que me encontro…meio perdido entre o meu querer, e o querer de quem mora do outro lado.
Talvez o problema resida exactamente aí…no querer exactamente o mesmo, e o medo de o poder sentir.
Alguém quer, e talvez o outro alguém o queira, nem que seja por breves momentos.
Existem alturas em que temos dois caminhos, ou avançamos, ainda que com receio, ou pura e simplesmente, nos deixamos anular por passados mais ou menos recentes.
É aí que estamos hoje.
Na vontade de avançar, e no trauma que o passado ainda nos oferece.
É dar espaço, para que possam nascer as vontades, as saudades, e a tomada de consciência daquilo que se quer.
Não é nenhum jogo para ser jogado; é uma questão de equilíbrio entre o receio da dor, e o caminho de uma possível felicidade.
Daí, o realizar…apenas mentalmente...
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