quarta-feira, 16 de março de 2011

Satisfação insatisfeita…

Será excesso de exigência, ou apenas o reclamar porque sim?
Reclamamos de tudo, tudo nos pode fazer confusão, tudo nos provoca, tudo nos oferece mau estar…é assim tudo tão mau?
Ou apenas, aprendemos a gostar de quem não gosta de nós, para dessa forma, não termos a possibilidade de criar qualquer tipo de vinculo, e continuarmos “soltinhos como o arroz”?
E assim acontece…aprendemos a viver vidas e momentos, e a retirar algumas coisas boas deles ( melhoramos a auto-estima, sentimos que temos alguma importância, etc… ), mas no final de contas, apenas entramos no jogo do usar e ser usado, sem qualquer tipo de objectivo real.
Passamos de seres pensantes, a seres ausentes, frios e desprovidos de qualquer sentimento…uma verdadeira nulidade e inutilidade pegada!
Opá….
Difícil de entender e compreender tamanhos estados, que criamos a nós próprios.
Por vezes reclamamos, como forma de criar mais-valias, quer profissionalmente, quer socialmente, mas se resumirmos e pensarmos um pouco, talvez a opção correcta, seria mais-valia estar quieto…
E, talvez nasça de tudo isto, aquela satisfação insatisfeita em que vivemos.
Poderia ser um “parto” normal, sonhado e idealizado, com grandes perspectivas de futuro, mas acaba por não passar, de um “aborto” de atitudes e de gestos, que não nos leva a lado nenhum…apenas nos ocupa, apenas nos desgasta, apenas nos vai matando, a cada dia que passa…
Porque não temos a capacidade, de gostar de quem verdadeiramente gosta de nós?
Porque, tendo essa capacidade, nada fazemos para ir ao seu encontro, e passamos o tempo a fugir dela?

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